O grande segredo dos grandes: Miguel Guerra Maia Loureiro

O que vale são as pessoas

O sorriso chega fácil quando se está perto do diretor da Satélite Segurança, Miguel Guerra Maia Loureiro. Tanto da sua parte quanto de quem está conversando com ele. “Prezo muito pelo clima de trabalho. Uma coisa que não admito são pessoas mal-educadas, mal-humoradas, ranzinzas. Elas atrapalham e não ficam”, afirma.

A leveza na forma de se relacionar não enfraquece a firmeza e o compromisso de conduzir os negócios, postura que trouxe de berço e foi reforçada com experiências nada inspiradora nos trabalhos que antederam sua jornada empreendedora. “Eu tinha um gestor que fazia intrigas entre os líderes da indústria. Ele mandava comunicados internos (CI) que nos colavam um contra o outro. A regra lá era: não leia uma CI dele à tarde, porque ela vai acabar com a sua noite”.

Miguel, que por formação é agrônomo, lembra que era cobrado a dar advertências e suspensões mensalmente, mesmo não tendo necessidade para tais medidas. “Eu era avesso a isso, havia casos muito particulares e eu administrava com conversa, orientação e me colocando no lugar do outro. Meu chefe dizia que eu era muito bonzinho”, relembra.

Experiências que moldaram o gestor

As experiências adversas reforçaram seus princípios. Ao ser demitido da indústria e aceitar o convite de ser sócio de uma empresa de segurança, em Uberaba, Minas Gerais, Miguel levou consigo seus valores. Não conhecia nada a respeito do segmento, mas sabia que poderia contar com pessoas. “Ainda quando eu exercia a agronomia, havia um grande problema de erosão na terra onde trabalhava. Eu não sabia como resolver aquilo e fui em busca do meu professor da universidade que fez um projeto e trouxe a solução. Essa foi uma grande lição que eu tive para a vida: se não sabe procura quem sabe”.

É sobre pessoas

Para ele, o sucesso das empresas passa por pessoas que estão à frente e por todos os lados, e é preciso humildade para reconhecer as limitações e pedir ajuda. “Eu vou junto de gente que sabe fazer. Se sou ruim em uma área, conto com alguém que é bom e que pode me auxiliar. Por isso o que vale são as pessoas, elas são importantes. É um aprendizado para a vida toda”, defende.

Neste sentido, contratar bem é fundamental. Miguel se incomoda com o posicionamento de muitos gestores que partem do pressuposto de que ninguém ‘vale nada’ e que as pessoas são ruins. “Se existem ruins, existem boas também. Então pra mim, ou o colaborador é mal contratado ou mal treinado. Em ambas, a culpa é da empresa”, afirma o diretor que se orgulha de ter construído uma cultura forte dentro da Satélite. “Tenho várias pessoas diferentes de mim, mas que seguem o mesmo princípio e acabam difundindo aos demais”.

Caminho oposto

A história da Satélite iniciou antes da chegada do Miguel. A empresa já existia quando, em 1996, ele entrou como sócio do monitoramento. Em 1997, foi criada a Satélite Alarm e após muitos erros e acertos, em 2002, Miguel assume o comando da empresa sozinho.

Ser empreendedor nunca foi um sonho de Miguel, pelo contrário: seu pai sempre o orientou a ser funcionário. “Ele era avesso a riscos. Virei empreendedor por falta de opção”, assume.

Mas isso não o limitou a ser um dos maiores gestores de empresas de segurança do país, com processos bem estruturados e uma empresa que não para no tempo. Há um ano, a Satélite incorporou no rol de serviços a portaria remota e desde então vive uma nova fase. “A portaria é complexa, mas são nessas horas que buscamos pessoas e ajustamos o que é preciso para seguir o caminho”, finaliza.

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