Shit happens! E agora, o que fazer?

Na sede da Inside Sistemas existe um luminoso no banheiro masculino com a frase Shit Happens! que, traduzido ao pé da letra significa “a merda acontece!”. Foi um adereço criado para ser engraçado e descontraído, mas acabou gerando uma reflexão sobre como as coisas acontecem em nossas vidas, em nossas empresas e no mundo em geral.

Como gestores, estamos sempre buscando métricas, acompanhando mudanças no mercado, tendências, expectativas econômicas e tantas outras variáveis para planejar nossos passos, investimentos e produtos. Procuramos sempre ser precisos em nossas decisões, pois sabemos que isso pode ter um grande impacto no crescimento e na sustentabilidade de nossos negócios.

No entanto, muitas vezes, algo pode passar despercebido, não ser medido ou esperado, e acabar alterando nossas projeções. Nessas horas, tendemos a acreditar que falhamos no planejamento, que não avaliamos o risco ou não consideramos a existência desse tipo de problema ao longo do projeto ou do ano planejado. Mas, como já aprendemos nos últimos anos, shit happens!

Tudo pode mudar rapidamente e precisar ser repensado, replanejado, refeito. E não há nada de errado nisso, pois estamos constantemente sujeitos a mudanças que nos obrigam a tomar decisões inesperadas e nos adaptar a novas realidades. Essa é também nossa responsabilidade como gestores.

Um exemplo recente foi a pandemia, que forçou a grande maioria das empresas a replanejar suas vendas, desde a forma como eram feitas até suas metas. Mudanças na forma de atendimento aos clientes e na comunicação com eles também foram necessárias. Outro exemplo é o setor de software, em que a Inside está inserida: teve que lidar com o aumento de 10% sobre a receita bruta nos impostos de IRRF e CSLL, comprometendo margens de lucro, estratégias, investimentos e contratações. E agora, a Reforma Tributária

As dificuldades virão e o que determinará nosso futuro são as decisões que tomamos diante dessas adversidades.

Cortar custos onde já se trabalha pode ser difícil e diminuir a equipe pode comprometer a qualidade de entrega. Por isso, muitas vezes é necessário voltar à prancheta e repensar toda a estratégia, todos os gastos e investimentos. Tudo isso para que, em algum momento futuro, um novo impacto possa acontecer e tenhamos que fazer tudo novamente.

Isso não é fácil, mas é a vida.

A mudança é a única certeza que temos e viver é tomar decisões difíceis.

Como diz um velho samba, “um homem de moral não fica no chão, nem quer que mulher lhe venha dar a mão. Reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!”.

Assim, seguimos em frente, enfrentando as tempestades e mantendo o barco no rumo certo, até a próxima dificuldade.

 

Sobre o autor
Cleverson Cologni
Diretor de Produtos na Inside Sistemas

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